NOSSAS BARREIRAS NA EVANGELIZAÇÃO!

“Alguns foram ter com ele, conduzindo um paralítico, levado por quatro homens” (Mc 2.3)

Por favor, vejamos dois episódios: um na casa em que Jesus de Nazaré estava; outro na cadeia onde Pedro fora jogado para satisfazer os poderes do estado e dos religiosos. Onde Jesus está a multidão se aglomera, a casa está lotada. Com Pedro encarcerado, os irmãos se trancam na casa de João Marcos para orar. Numa mistura estranha de fé e incredulidade, a igreja ora fervorosamente.

Jesus está rodeado por personagens intrigantes: fora, uma multidão; dentro, sede de aprender ou interesse em julgar; necessidade de cura e disposição para ajudar. Jesus perdoa pecados, mas também cura para demonstrar poder para perdoar.

Pedro, vigiado por 16 guardas, preso com correntes, dorme por trás dos portões que o aprisionam.

A igreja ora fervorosamente, também presa em suas próprias trancas. Um anjo do Senhor está livre, se apresenta para libertar, e supera todas as barreiras que foram colocadas pelos homens.

A igreja é chamada a ir. O famoso IDE por todo o mundo conhecido. Essa é uma determinação divina, mas a igreja “fica”. Ao ser perseguida a igreja é obrigada a ir, e com isso atende à determinação do Senhor Jesus. Evangelizam sob perseguição.

Os dois episódios estão no evangelho de Marcos, no capítulo 2, do versículo 1 ao 12, e no livro dos Atos dos Apóstolos no capítulo 12, do versículo 1 ao 11. Se o querido leitor é um crente, peço: vá aos textos imediatamente e busque a si mesmo neles. Nós estamos nos textos, a Palavra nos revela. Se o leitor ainda não conhece Jesus, creia: Ele vive e, em sua Palavra, a Bíblia, se revela a nós. Jesus o ama e, por esse amor, morreu por nós; no poder de Deus ressuscitou e vive e reina para sempre. Vamos caminhar juntos expressando esse reino de paz, justiça e alegria, em nome do nosso Jesus. Agora!

Onde estamos? Dificultando a chegada de quem precisa vir ao Senhor? Desejando tanto entrar que esquecemos os outros que também desejam? Não facilitam, não abrem caminho, viram barreiras em vez de portas. Ou podemos estar trazendo os coxos que não conseguem vir sozinhos, superando vários tipos de barreiras que aparecem ao longo do caminho. Ali tem ainda o ouvinte que chegou cedo, está dentro da casa escutando. Quantos de nós “vivemos ouvindo”. Naquela casa, tem também o “religioso”. Muitos possuem dificuldade em aceitar o Senhor que perdoa para curar, e cura perdoando. Às vezes bem pertinho fisicamente, mas distante do Senhor, que se revela como o Caminho, a Verdade e a Vida (Jo 14.6).

O Apóstolo e o anjo têm pressa, mas alguns de nós somos morosos. Caminhamos devagar e não nos aprontamos como convém aos que estão numa missão. Aperte o cinto, calce o sapato, se vista e VAMOS. Vamos cumprir nossa missão diária, pois as correntes, as grades, os guardas e as multidões tentarão sempre nos impedir. Algumas igrejas estão com as portas trancadas, os cadeados bem colocados, realizando suas vigílias fervorosas em ambientes seguros, enquanto homens e mulheres doentes estão sem amigos que os levem para dentro da casa onde Jesus está.

Talvez Ele nem esteja mais em nossas casa,s que só servem para nós mesmos.

Filipe da Silva Stopa – Pastor