“Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” Mateus22:37-39
Nós vivemos em época em que é muito fácil viver uma vida autocentrada, onde o individualismo acaba por tomar conta de nossas mentes e corações. O grande problema que essa era solitária traz é a inversão do nosso chamando como cristãos. Deus deixa claro na bíblia os principais mandamentos que a igreja deve seguir: amar Deus de todo coração e amar o próximo como a si mesmo. Mas em um mundo onde a teologia da prosperidade e os famosos coachs vêm ganhando cada vez mais força, somos ensinados a nos colocar sempre em primeiro lugar, a adorar nosso ego, a procurar apenas relações que sejam benéficas e de quem nós gostemos.
A questão é que Deus não liga para a nossa vontade! O Senhor nos ordena a procurar não somente relacionamentos agradáveis, mas também os desagradáveis, não a procurarmos somente pessoas que são fáceis de se estar perto, que pensam de maneira parecida, mas aquelas que são difíceis, que discordam da gente, que são fechadas; precisamos ser insistentes e intencionais nas nossas relações, para que assim, o nosso pecado não acabe por nos afastar uns dos outros, Deus ordena que nós fiquemos unidos como igreja e que a partir dessa união consigamos trazer mais pessoas para o corpo de Cristo.
Amar o próximo não é uma tarefa fácil, e nem deveria ser, citando C.S Lewis: “Não perca tempo se preocupando com se você ‘ama’ o seu próximo; comporte-se como se amasse. Logo que fazemos isto encontramos um dos grandes segredos. Quando você se comporta como se amasse alguém, acabará por amá-lo.” Portanto, desenvolver uma relação agradável com quem é diferente é um indício não apenas do nosso caráter em Deus, mas também de esforço, paciência e benignidade para com o outro.
E em uma geração alimentada pelo pecado, isso se torna mais do que necessário, se torna essencial! O Senhor nunca nos garantiu que seria fácil, pelo contrário, “Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me.” (Mateus 16:24). Jesus nos diz para tomarmos aquilo de mais frágil, de mais pecaminoso, de mais abominável em nós e usarmos destas características para nos aproximarmos dele e fazermos a Sua vontade, que é perfeita. Ele nos convoca a negar nossos desejos e inclinações egocêntricas e pecaminosas a fim de segui-lo e nos firmar naquele que é imutável e que pode nos transformar para sua glória.
Que lutemos, então, pela vida em comunhão e sejamos fortificados no Senhor! “Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.” 1João4:20
Larissa Demant